4 de maio de 2011

4 vezes mundial

John Higgins 18-15 Judd Trump

John Higgins derrotou o jovem Judd Trump, por 18-15, sagrando-se pela quarta vez campeão do mundo, numa magnífica final entre dois grandes jogadores.


Higgins e Trump partilharam as primeiras oito partidas, disputadas na sessão inicial. Trump, desde logo, ganhou uma vantagem de duas partidas, onde foi notório alguma desconcentração e nervosismo por parte do escocês. Higgins acabaria por vencer a sua primeira partida, depois de Trump ficar-se por uma entrada de 37 pontos. Na última partida antes do intervalo da sessão foi novamente o jogador inglês a ter a primeira grande oportunidade, no entanto acabou novamente por não aproveitar e Higgins, bem ao seu estilo, limpou a mesa para igualar o marcador a duas partidas. Depois do intervalo, o escocês parecia bem mais à vontade e com duas entradas superiores a 50 pontos concluiu a quinta partida a seu favor. Trump, como nos habituou ao longo de todo o torneio, respondeu de imediato com uma excelente entrada de 102 pontos. As bolas longas do jogador de Bristol continuam a entrar ao centro do buraco e tudo parecia apontar para o 4-3 a seu favor, mas uma bola vermelha falhada para o meio acabaria por determinar o fim de entrada. Depois de um break de 42 pontos e do sucesso numa batalha táctica, Higgins ganhou a sétima partida marcando a rosa e a preta. Higgins continuava a não conseguir as defesas necessárias e Trump voltou novamente à mesa depois de mais uma bola à distância. Uma entrada de 47 pontos seguida de uma bola de sorte benéfica ao jovem Trump, garantiram o 4-4 que acabou por ser um resultado justo e demonstrativo do que se passou ao longo da primeira sessão.

Na segunda sessão do encontro, Judd Trump foi claramente o melhor jogador e levou uma boa vantagem para o segundo dia da final. Higgins continuou pouco consistente e simplesmente não conseguiu produzir entradas elevadas, enquanto o seu temível adversário continuava a embolsar bolas de qualquer lado, fazendo duas entradas centenárias ao longo desta primeira parte da final. Apesar de tudo, foi Higgins que venceu a primeira partida desta sessão, com uma entrada de 60 pontos, depois de um erro de Trump. Higgins poderia ter feito o 6-4, mas voltou a claudicar e Trump castigou este erro do escocês. O inglês, por sua vez, melhorou e venceu duas partidas consecutivas, sem dar grandes hipóteses a Higgins, conseguindo também mais uma entrada superior a 100 pontos. Depois do intervalo, ocorreram alguns erros de ambos os jogadores e o jogador que melhor aproveitou esta fase do encontro foi John Higgins, que assim manteve-se perto de Judd Trump. Com Higgins a lutar por encontrar alguma forma, Trump continuou com o seu estilo de jogo e venceu as três últimas partidas da sessão, indo em clara vantagem para o que restava deste encontro.

Foi um outro John Higgins que apareceu no último dia deste Campeonato do Mundo. Higgins veio para a terceira sessão com outra determinação e a jogar bem melhor do que nas 17 partidas disputadas no Domingo. Uma entrada de 59 pontos garantiu uma muito importante partida para Higgins, que reduziu para 10-8, mas Trump não se mostrava nada intimidado e respondeu de uma forma magnífica com um break de 104 pontos, a sua décima superior a 100 pontos neste torneio. Higgins não baixou os braços e realizou uma muito boa entrada de 97 pontos, para voltar a ter duas partidas de desvantagem. A resposta de Trump? Uma entrada de 99 pontos para os jogador irem para o intervalo, depois de quatro partidas de elevada qualidade. O momento-chave da sessão e talvez do encontro ocorreu na 22ª partida. Higgins falhou aos 47 pontos e Trump tinha tudo para impor uma vantagem de quatro partidas, mas Trump optou por arriscar uma difícil bola azul em vez de jogar defensivamente e John Higgins concluiu a partida ao marcar as últimas três bolas da sequência final, sob pressão. É certo que Trump não fugiu ao seu estilo nesta jogada, mas nem sempre se pode optar pelo ataque, sobretudo nos momentos cruciais do encontro. A partir daqui, Higgins ganhou confiança e determinação e venceu três partidas consecutivas, com entradas de 93, 113 e 57 pontos para passar para a frente do encontro e ir com a vantagem mínima para última e decisiva sessão do encontro. Um cenário impensável à partida para a terceira sessão... Tudo para decidir na noite se Segunda-Feira...

Depois de estar a perder por 12-9, Higgins conseguiu ir com vantagem para a quarta e última sessão. Os jogador partilharam as quatro primeiras partidas. O escocês começou a sessão com uma entrada de 62 pontos, mas Trump respondeu bem para fazer o 14-14. O jovem inglês acabaria por ter uma grande oportunidade de passar novamente para a frente do marcador, mas alguns erros provaram ser fatais e Higgins  ia para o intervalo com algum favoritismo. O campeão do mundo em 1998, 2007 e 2009, conseguiria uma vantagem de duas partidas, depois de Trump não conseguir capitalizar as suas chances. Tudo parecia indicar que iríamos ter o 17-14: Higgins estava cada vez mais confiante e determinado, contudo acabaria por falhar aos 46 pontos e de forma brilhante, Trump fez 70 pontos e o consequente 16-15, para manter as esperanças em vencer o título mundial. Na 32ª partida, Judd ficou-se pelos 33 pontos e Higgins produziu uma soberba entrada de 50 pontos, que terminou num erro na castanha com o auxiliar. Felizmente para o escocês, não deixou bola para o seu adversário, mas acabaria mesmo por fazer o 17-15, ficando a apenas uma partida do triunfo. Trump apareceu determinado em continuar no encontro, mas quando já tinha uma vantagem de 60 pontos, falhou a bola de jogo, uma bola rosa muito simples. Higgins foi recuperando nesta partida, mas acabaria por deixar uma vermelha longa, que Trump voltaria a não falhar. Higgins voltou à mesa, precisando de snookers para vencer a partida. Higgins limpou até azul e ao jogar à rosa, colocou a branca atrás da preta. Trump não conseguiu escapar do snooker e Higgins tinha pontos para vencer o encontro. O escocês mandou jogar. Trump defendeu a rosa na tabela lateral, mas Higgins cruzou a bola rosa e marcou a preta para sair vitorioso desta dramática e ao mesmo tempo fantástica final. 
 Esta matéria foi copiada na integra do ´´the snooker planet`` de Portugal, mas ela retrata fielmente o que foi a final.

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