18 de maio de 2021

No Snooker não tem vida fácil!

Muitos acham que é só glorias e muito dinheiro

Mark Selby conquistou o título do Campeonato Mundial no início deste mês, embolsando £ 500.000 por seus esforços no Crisol, mas embora haja um punhado de superestrelas no Snooker. Há muito mais atletas que estão dando duro apenas para se manter no jogo. Quando se fala em se manter no jogo é estar morando na Inglaterra, treinando, se alimentando, e principalmente vivendo.

Soheil Vahedi é um desses jogadores. O jogador de Teerã de 32 anos terminou a última temporada em 99º lugar no ranking mundial, perdendo seu lugar no Main Tour e consequentemente como profissional ao terminar fora das 64 primeiras colocações do ranking. Ele agora irá participar dos eventos Q School ainda este mês em uma tentativa de recuperar o seu lugar no Main Tour e poder continuar  a sua jornada na terra do snooker.

Soheil Vahedi venceu o Campeonato Mundial do IBSF após uma fantástica vitória por 8 x 1 sobre Andrew Pagett no Qatar. Ao fazer isso, ele se tornou o segundo iraniano a conquistar o título amador de maior prestígio, depois do sucesso do compatriota Hossein Vafaei Ayouri em 2011.

Campeão Mundial Amador em 2016

Com a conquista do mundial acarretou a mudança do Irã, a sua terra natal para uma nova casa em Darlington. Com ele estão sua esposa e a pouco tempo, seu filho Radine, e embora Soheil se descreva como 'renascido' com o nascimento de seu primeiro filho, ele admite que a vida em Darlington é difícil e uma luta pela sobrevivência no snooker em solo estrangeiro: 'Não há nada agradável para nós aqui'. - disse ele quando questionado pelo Metro.co.uk

Vahedi pinta um quadro sombrio sobre continuar a perseguir seu sonho a milhares de quilômetros de casa, mas diz que ainda gosta do jogo, mesmo que às vezes precise se forçar a isso. 'É muito difícil, mas ao mesmo tempo, 60 a 70 por cento eu ainda gosto do snooker', disse ele. 'Não totalmente, por causa do estilo de vida, o que está acontecendo e jogos que perdi, mas você tem que manter a diversão, porque senão eu não vejo como melhorar ou ganhar.' 

Vahedi viajou para Sheffield para as eliminatórias do Campeonato Mundial em abril na esperança de se tornar o primeiro iraniano a aparecer no Crucible, mas seu sonho não passou da primeira rodada ao perder para o belga Julien Leclercq pelo placar de 6 x 5. As coisas começaram bem quando ele foi a 5 x 2 sobre seu adversário, mas então o desastre o atingiu quando ele perdeu as últimas quatro partidas e foi eliminado.

Soheil Vahedi admite que uma imensa tristeza se instalou pois ele sabe o quanto custou caro, pois esta derrota confirmou que ele abandonaria o tour profissional. “Fiquei muito arrasado”, disse ele. 'Na temporada passada, perdi talvez quatro ou cinco partidas por estar na frente ou por partidas muito disputadas. Cada vez que chegava àquela fase de estar perto da linha de chegada ficava nervoso, perdia o foco. 'Eu estava animado por ganhar, conseguir um pouco de dinheiro, tudo isso ajuda. Fiquei empolgado antes de terminar o jogo, esse era o problema, precisava manter o foco. 'Isso é experiência, não habilidade, assim que começo a ganhar algumas partidas esse sentimento vai embora. Eu não conseguia acreditar no que via, não conseguia acreditar. '

Vahedi em Ação frente a Mark Willians nas quartas de finais do Gibraltar Open

Após a perda devastadora, Vahedi sentou-se em sua cadeira por algum tempo em vez de deixar a arena, aparentemente lutando para aceitar a derrota, mas ele explica que na verdade estava se convencendo de uma atitude positiva. 'Eu estava pensando,' O que aconteceu lá? Por que eu perdi? Não posso continuar perdendo esse tipo de lutas. Agora, com dois meses de folga e sem ganhos, serão dois meses difíceis. ”

Assim como Soheil Vahedi dezenas de outros atletas de nações menos expressivas no esporte sofrem da mesma maneira ou até pior, talvez voltando o assunto para o único representante da América do Sul a situação possa ser a mesma, alguém que normalmente fala nas redes sociais "como erra aquela bola", "por que fez esse tipo de jogada", talvez esse que fala assim não tenha a verdadeira noção que é estar, ou melhor se fazer estar entre os melhores do mundo, por isso o que o atleta Igor Figueiredo faz uma apresentação, nós como nação devemos apenas apreciar, o que este brasileiro está fazendo.

Um esforço digno dos maiores vencedores


2 comentários:

  1. Perfeito!!!!
    Devemos prestigiar, apoiar, torcer de verdade....já que nos dizemos tão AMANTES pela sinuca.vendo um único Brasileiro lá fora hj lutando pelo nosso esporte.
    Como a matéria disse bem...só sabe quem Sente na pele e vive isso....longe da família, enfrentando muitas adversidades, realmente devemos apoiar e não criticar!!!

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  2. Realmente um País tão imenso e ter apenas um em condições de disputar com os melhores do mundo do snooker é triste, mas esta é a nossa realidade.
    Que verdadeiros apoio aos atletas venham acontecer de forma integra e aí quem sabe poderíamos ter mais atletas lá, sem tanto sofrimento.

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